Em janeiro, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) passou a responsabilizar, por lei, os comerciantes, fabricantes, importadores, distribuidores e até os consumidores que descartam o lixo de forma incorreta. Nesta perspectiva, para incentivar a coleta seletiva e a reciclagem, a Embalixo está lançando o saco para lixo da linha “Economia Circular”. Tratam-se de sacos fabricados a partir de plásticos que já foram utilizados, separados e higienizados, e voltaram ao processo de fabricação de um novo produto.
Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil (2021), publicado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em 2020 e 2021, com a pandemia da Covid-19, a geração de lixo cresceu cerca de 4%, com uma média de 1,07 kg/hab/dia, alcançando a marca de 82,5 milhões ton/ano. Esse aumento está bem acima do crescimento anual médio de 1% verificado nos últimos cinco anos.
A PNRS também prevê práticas de educação sanitária e ambiental e incentivos fiscais para logística reversa. “A economia circular engloba diferentes atores. Os consumidores, por exemplo, devem separar o lixo e descartá-lo em sacos específicos para lixos orgânicos e recicláveis. Isso colabora muito, já que a separação incorreta é um dos erros mais comuns e que mais prejudica o processo de reciclagem”, explica o diretor comercial da Embalixo, Rafael Costa.
De acordo com dados do Panorama, os índices verificados nas regiões Sudeste e Sul, onde 70% dos resíduos são descartados de forma adequada, demonstram que é possível avançar de maneira consistente para o encerramento das práticas de destinação inadequadas, mesmo que o ritmo verificado ainda seja lento.
A linha de sacos para lixo “Economia Circular” está sendo cadastrada, a princípio, em todas as lojas Pão de Açúcar do país.
Com o objetivo de atingir operações 100% livres de emissão de carbono ainda em 2022, a Embalixo aplicou mais de 6% de seu faturamento em 2020 na adequação de fábricas, processos e produtos. “Uma das nossas primeiras medidas foi aplicar recursos em pesquisa e desenvolvimento para garantir produtos sem impacto ambiental. Não foi uma tarefa simples, mas o nosso principal desafio é fomentar uma nova mentalidade social, voltada para um futuro mais sustentável, com a preservação dos recursos naturais”, finaliza Rafael.